Por Meire Bicudo; de Londrina
Presidenciável também referendou seu apoio à reeleição de Beto Richa
Propagandeando índices positivos na sua gestão no governo de Pernambuco, o pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB) visitou a cidade de Londrina nesta segunda (16) acompanhada da pré-candidata a vice, Marina Silva. Na agenda, entrevistas aos veículos de comunicação e uma visita ao Hospital do Câncer da cidade.
Na visita ao hospital, Campos e Marina encontraram-se com o governador Beto Richa, que também veio a Londrina nesta segunda para uma pretensa visita às obras de reconstrução do Teatro Ouro Verde. Lá, Richa ganhou um 'presente' e Campos, a declaração de apoio à possível reeleição de Richa ao Governo do Paraná. "PSB e PSDB sempre foram parceiros no estado", disse o ex-governador de Pernambuco.
Esquecendo-se de que o PSB e o então PV de Marina Silva integraram os governos de Lula e Dilma, Campos criticou as alianças feitas nos últimos anos no governo federal. Nas entrevistas concedidas pela manhã ele afirmou que não vai governar com “aqueles que cercam todos os governos”, e citou os ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney.
“Temos que unir o Brasil e tirar da cena da política brasileira aquelas velhas raposas que governaram ao lado deles, que estão fazendo essa polarização há 20 anos no Brasil. E não é só tirar as pessoas do governo, é mudar o jeito de governar. É colocar na oposição aqueles que cercam todos os governos que vão a Brasília”, disse.
Campos também voltou a dizer, a exemplo do que fez no fim de semana, que a presidente Dilma Rousseff (PT) entregará um país "pior" do que encontrou. “Pior porque a inflação está subindo, tem o menor crescimento de toda a história da República. Exterminou com quase 50 mil vidas no ano passado, mais do que em qualquer guerra. Os hospitais estão fechando por falta de financiamento. O Brasil vive um momento em que a gente precisa unir os brasileiros, tomar a dianteira, tomar uma atitude”, opinou o pré-candidato.
Saúde - Em relação a este tema, Campos quis comparar o repasse de quando o Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado com os dias atuais e e criticou o programa Mais Médicos, criando, segundo o pré-candidato, "uma divisão importando médicos". "Não vamos colocar o povo contra os profissionais de saúde", argumentou.
Chuvas no Paraná - Ao lado de Beto Richa e do prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), Eduardo Campos também criticou a postura do governo federal na ajuda as cidades do estado atingidas pela chuva. "O estado vive um drama com essas enchentes, e a gente vê a marca do desentendimento do governo federal, que não esquece a política nesse momento, que poderia estender as mãos para cuidar dos que estão precisando ao lado dos municípios e estados", reclama.
No entanto, a informação do repasse ao Estado do Paraná foi contestada pelo próprio Ministério da Integração Nacional, que já informou que o Estado já recebeu, até sexta-feira (13), R$ 3,9 milhões, em recursos do governo federal, para lidar com os estragos provocados pela chuva que atingiu o estado nos últimos dias. Os recursos demoraram mais a chegar no Paraná, porque o próprio Estado não enviou os números da tragédia de forma rápida.
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