quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Emprego na indústria do Paraná recua 5,6% em julho


do: Bem Paraná
O contingente de trabalhadores ocupados no setor industrial paranaense recuou 5,6% em julho de 2014, em relação a julho de 2013, a décima segunda variação negativa consecutiva, diante retração de 3,6% para o Brasil, que assinalou a 34ª queda seguida nesse tipo de confronto e o mais intenso desde novembro de 2009, conforme a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa é realizada em dez estados da federação, mais as regiões nordeste, norte e centro-oeste.

Dos quatorze locais investigados, todos apresentaram redução. As maiores contribuições para a desaceleração no emprego regional foram máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-36,5%), metalurgia (-11,3%), vestuário (-11,1%), borracha e plástico (-6,9%), coque, refino de petróleo e álcool (-6,9%), meios de transporte (-6,7%) e produtos de metal (-5,0%). Em contrapartida, os ramos de minerais não-metálicos (3,0%), madeira (2,1%), papel e gráfica (1,8%) e produtos químicos mantiveram o ritmo de crescimento.
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) do Paraná apontou igual recuo ao nacional de 3,4% em julho de 2014, na comparação com julho de 2013. Os setores que mais influenciaram para o resultado do Estado foram máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-45,4%), coque, refino de petróleo e álcool (-30,2%), vestuário (-5,9%) e madeira (-2,8%).
O indicador do número de horas pagas do setor fabril paranaense encolheu 7,0% em julho de 2014, diante o mês de julho de 2013, contra décima quarta taxa negativa consecutiva do país (-4,2%), com retração em todos os locais pesquisados.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2014, o emprego nas unidades industriais do Paraná caiu 3,9%, versus contração de 2,6% para o Brasil, com taxas negativas em treze dos quatorze locais investigados. As maiores quedas na média global vieram dos setores de máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-35,0%), vestuário (-8,8%), metalúrgica básica (-6,7%), metal (-6,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,2%) e borracha e plástico (-4,8%).
Em relação à folha de salários reais, o setor industrial do Estado expandiu 1,4%, diante aumento de 0,6% em âmbito nacional. Em horas pagas, a indústria paranaense encolheu 5,1% no acumulado de 2014, ante recuo de 3,1% para o país, sendo que apenas a região norte e centro-oeste (0,4%) registrou resultado positivo neste indicador.
No acumulado de doze meses, encerrados em julho de 2014, os estabelecimentos manufatureiros do Paraná mostraram desaceleração de 2,7%, versus contração de 2,2% para o Brasil. Os ramos que mais contribuíram para a redução do emprego industrial nos doze meses foram máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-31,7%), metalúrgica básica (-4,8%), metal (-4,7%), vestuário (-4,7%), borracha e plástico (-3,4%) e coque, refino de petróleo e álcool (-3,3%).
Em relação à folha de salários reais, o setor fabril do Estado registrou aumento de 0,1% em doze meses, a mesma que a nacional. Em horas pagas, a indústria paranaense encolheu 3,8%, contra retração de 2,6% para o País, com taxas positivas apenas na região norte e centro-oeste (0,7%) e Rio de Janeiro (0,1%).
Diante desses resultados, o recuo do nível de emprego industrial é generalizado no Brasil, com sinais de contágio na matriz produtiva paranaense.
Os números desfavoráveis do emprego industrial resultam do visível enfraquecimento da economia brasileira, explicada pelos problemas internos, determinados pelos efeitos da inconsistente política econômica praticada pelo governo federal. Na verdade, vem-se insistindo em estímulos tributários e creditícios que já demonstraram ineficácia, como o relançamento de pacotes voltados a algumas atividades do setor industrial, e ao abalo na confiança do setor produtivo que vem intensificando a queda do nível de investimento privado.

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