O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, morreu nesta quarta-feira (13), num acidente aéreo em Santos, no litoral paulista. A aeronave enfrentava mau tempo e, quando se preparava para o pouso, arremeteu. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave, que caiu sobre uma academia e outros prédios.
Além de Eduardo Campos, morreram os assessores Pedro Valadares e Carlos Percol; Alexandre Severo, fotógrafo oficial da campanha; e Marcelo Lyra, cinegrafista da campanha. A candidata a vice-presidência, Marina Silva, estava em São Paulo.
O Corpo de Bombeiros confirmou a queda, que ocorreu na altura do número 136 Rua Alexandre Herculano, esquina com Rua Vahia de Abreu, nas imediações do Canal 3, a cerca de sete quadras da praia.
Vida voltada para a política
Em 1986 já teve voz ativa na campanha de reeleição do seu avô ao governo de Pernambuco, no cargo de chefe de gabinete. O seu ingresso no Partido Socialista Brasileiro (PSB) aconteceu em 1990, eleito como deputado estadual. Quatro anos depois chegou ao Congresso Nacional, com 133 mil votos dos eleitores. No ano seguinte assumiu o cargo de secretário de Governo e secretário da Fazenda, em 1996. A sua passagem pela Câmara Federal aconteceu pela primeira vez em 1998, como deputado mais votado de Pernambuco. Em 2002, Eduardo Campos já exercia o seu terceiro mandato na Câmara Federal.
Campos foi um dos importantes articuladores do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegando ao cargo de ministro da Ciência e Tecnologia. Em 2005, assumiu a presidência nacional do PSB e no ano seguinte pediu licença do cargo para concorrer ao governo do Estado, pela Frente Popular de Pernambuco.
Eduardo Campos morreu no mesmo dia do avô
Eduardo Campos morreu no mesmo dia do avô, Miguel Arraes, que também foi governador de Pernambuco. Arraes morreu de infecção generalizada em 13 de agosto de 2005.
Miguel Arraes começou a carreira política em 1947, como secretário da Fazenda de Pernambuco. Três anos depois, foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático. Em 1959, venceu as eleições para a prefeitura do Recife, e em 1962 chegou ao governo de Pernambuco.
Em 1964, Arraes foi cassado e preso pelos militares e se exilou na Argélia. Só voltou ao Brasil em 1979 com a lei da anistia. Em 1982, foi eleito deputado federal. Quatro anos depois, governador de Pernambuco, pela segunda vez. Em 1990, deixou o PMDB e criou o Partido Socialista Brasileiro. De 1994 a 1998 governou o estado de Pernambuco, pela terceira vez.
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