sexta-feira, 11 de julho de 2014

“ENTRAREMOS EM UM NOVO CICLO DE DESENVOLVIMENTO”, DIZ DILMA À CNN

A educação e o investimento na capacidade de inovação da economia são âncoras deste momento

O Brasil está se preparando para ingressar em um novo ciclo de desenvolvimento, declarou a presidenta Dilma Rousseff à emissora CNN Internacional. Em entrevista com a correspondente internacional Christiane Amanpour, a presidenta apontou a prioridade para a educação e o investimento na capacidade de inovação da economia como âncoras deste momento.
Na entrevista, Dilma destacou que, nos 12 anos de governos do PT, 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 42 milhões entraram na classe média. “Essas pessoas que chegaram à classe média querem, de fato, melhor educação e melhor saúde. Nós estamos nos esforçando imensamente para esse processo”, analisou.

Para Dilma, a educação tem a capacidade de “garantir que essas pessoas que mudaram as suas condições de vida e de renda tenham esse ganho de forma permanente”.
Além dos avanços sociais, Dilma destacou a força da economia brasileira, mesmo no cenário adverso de crise internacional. “De 2008 a 2014, no mundo, em torno de 60 milhões de empregos foram encerrados, foram fechados. Nós conseguimos, mesmo assim, enfrentar essa crise mantendo um nível de emprego ainda alto. Nós criamos, nesse mesmo, período, 11 milhões de empregos”, frisou a presidenta.
Combate à corrupçãoO protagonismo do governo federal no conjunto de ações para enfrentar a corrupção também foi destacado por Dilma na conversa com Amanpour. Como exemplos, Dilma citou a criação da Controladoria Geral da União (CGU), a transparência das compras e contratos públicos e o fortalecimento da Polícia Federal, responsável por 90% das descobertas de crimes ligados à corrupção no País.
“No Brasil tinha a prática de só o corruptor pagar pela corrupção. Os dois lados, hoje, tanto quem corrompe como quem é corrompido, hoje, pagam diante da Justiça, o que eu acho uma grande melhoria porque um não existe sem o outro”, destacou Dilma.
Sucesso da Copa do MundoApesar da derrota da seleção brasileira diante dos alemães, Dilma reiterou sua convicção de que “o Brasil e todos os torcedores brasileiros terão um comportamento de persistir nos próximos dias e demonstrar que nós somos capazes de superar essa adversidade”.
“Sob todos os aspectos, o Brasil fez uma Copa do Mundo que eu acredito que, de fato, foi uma das melhores Copas, e nós devemos isso, em grande parte, ao povo brasileiro, à sua capacidade de hospitalidade e de receber bem os torcedores do mundo, e eu espero – e tenho certeza – que todo o mundo vai reconhecer esse fato”, disse Dilma sobre o Mundial. Para a CNN, mesmo a dor pela derrota, a população brasileira vivencia a glória de estar realizando um torneio que está encantando todo o mundo.
Trajetória pessoalPara Dilma é importante o aspecto da liderança feminina de “perceber que você governa para pessoas e não para coisas. Não que os homens façam necessariamente diferente, mas é certo que a mulher sabe que as pessoas são sentimentos e emoções também, além de pensamentos, além da racionalidade. Acho que essa é uma diferença fundamental”.
Na entrevista, a presidenta também relembrou sua trajetória pessoal de resistência à ditadura e reforçou sua valorização da democracia. “É muito difícil viver numa ditadura. A ditadura limita seus sonhos. Quando você não tem direito de expressão nem de organização, qualquer ato de discordância torna-se um ato de contraposição. No Brasil, o direito de greve era visto como uma ofensa ao regime. As manifestações com as quais nós convivemos tranquilamente, eram motivo para você perseguir, matar, torturar”, comparou.
  • Confira a íntegra da entrevista abaixo (vídeo legendado):

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