segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Eduardo Gaievski pode deixar a prisão nesta segunda

Advogados de Eduardo Gaievski esperam que Justiça se pronuncie hoje sobre o caso. Em nota, ministra Gleisi diz que não sabia da “ficha” do ex-funcionário

Ao se apresentar na delegacia, o ex-assessor usava
boné e estava com a barba por fazer: “Sou inocente” (foto: João Frigério/AE)


Os advogados do ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, Eduardo Gaievski, esperam para hoje o  resultado de um pedido de habeas corpus.O pedido foi feito no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na última quinta-feira, antesde Eduardo ser preso em Foz do Iguaçu e transferido para Curitiba, no sábado. Gaievski é acusado de abusar de menores no período em que foi prefeito de Realeza, no Sudoeste do Paraná. O processo, que corre em sigilo no Tribunal de Justiça, possui 38 casos de estupro de vulnerável. O assessor afastado da Casa Civil foi desfiliado do PT após as acusações serem divulgadas. 

"Jamais, jamais (violentei adolescentes)", afirmou o político a jornalistas na entrada do 3º Distrito Policial de Curitiba, nas Mercês,  no sábado. Segundo o delegado Rafael Vianna, que coordenou a prisão do ex-assessor, Gaievski não resistiu à prisão, feita em um apartamento de familiares do político em Foz do Iguaçu, e permaneceu "tranquilo" e "sereno" durante a viagem até Curitiba, feita de carro. Ele estava foragido há duas semanas desde que a prisão foi decretada.

Crise — O caso de Gaiveski abriu uma crise para a ministra da Casa Civil,  Gleisi Hoffmann, que o contratou. Diante do desgaste, que gerou, inclusive um pedido de informação na Câmara dos Deputados, feito pelo deputado Fernando Francischini (PSDB), a Casa Civil, soltou uma nota de esclarecimento no sábado. Na nota, a ministra  "lamenta profundamente a situação" que envolve o ex-assessor que trabalhou no ministério entre janeiro e agosto deste ano. 
"Tenho uma história de vida, não só política, em defesa da mulher e seus direitos, mas também de crianças e adolescentes. As acusações imputadas a Eduardo Gaievski são da mais alta gravidade e têm de ser apuradas levando-se às últimas consequências. Jamais compactuei ou compactuarei com crimes, ignorando-os ou acobertando-os", diz a ministra.
 "A Casa Civil informa ainda que, para a contratação, foram realizadas todas as pesquisas que se faz para ocupação de cargo de confiança na administração pública federal. "Em nenhum momento, durante o processo de contratação, foi encontrada qualquer indicação sobre as acusações que hoje surgem contra Eduardo Gaievski e que levaram à sua prisão na manhã deste sábado."

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